Ler Jabor me fez pensar ...
Ler o livro de Arnaldo Jabor, “Amor é prosa, sexo é poesia” me fez voltar ao pensamentos sobre o medíocre mundo de merda em que vivemos. Sobre o consumismo, as novas tecnologias, o estresse, o corpo, a casa, a violência, o tempo, a velocidade, os velhos tempos de ditadura, a repressão, a luta por uma causa, as coisas pequenas que nos irritam no dia-a-dia, a perda dos sentidos... que aliás merece uma boa discussão, sem desmerecer os outros pontos de igual ou até maior importância.
Ahhh... como é bom voltar aos auros tempos de intelecto! Já estava sentindo falta de sentir essa pequena agonizante depressão com o mundo e a realidade! Pensar o mundo, a vida, as pessoas, os detalhes, eu sinto muito prazer nisso! Sofrer calada! Já estava me sentindo uma idiota. Fui quase que chupada pela massa. Mas ainda bem... voltei a ativa! Adoro pensar, ver as pessoas e as coisas passando pela janela do ônibus. Adoro ficar parada fitando algo ou alguém e pensando. Adoro andar na massa e poder pensá-la ao mesmo tempo.
Ontem a noite assisti um filme que mexeu muito comigo. Quase chorei. Falava da morte, amor, interesse, dinheiro e traição (detalhe que na noite anterior havia sonhado com a morte da minha querida e amada vozinha Luci). A morte (Brad Pitt) tirou férias e foi visitar um ricaço dono de uma rede de comunicação nos USA. A morte se apaixonou pela sua filha e ela pelo corpo que a morte encarnou e que ela havia conhecido pela manhã na lanchonete. No fim a morte leva o grande rico e sensato homem e devolve o corpo do amor da vida da filha. É uma lição de amor e de como lidar com a morte.
O fato é que hoje não pensamos mais (com exceção de algumas pessoas como Jabor). Tudo já vem pronto. O homem virou o próprio escravo da tecnologia que desenvolveu. Eu me pergunto: se a tecnologia foi desenvolvida para resolver os problemas, facilitar a sua vida e, consequentemente lhe deixar com mais tempo para o ócio, por que cada vez mais nos tornamos servos dela? Por que, cada vez mais, ela nos deixa menos tempo para cumprir o nosso dever de vida (acredito que a vida é feita para ser intensa e humana)? Sinto falta de ver tv depois do almoço e dormir. De estudar de tarde. De ver o sol se por na minha varanda. De esperar meus pais chegarem do trabalho. De fazer um bolo caprichado de chocolate e ver novela com minhas amigas. De fofocar sobre as pessoas na rua. Tudo isso.
Por que somos cada vez mais egoístas? Cadê o senso de comunidade, de comum, de aceitação do outro, de partilha? Será que o tempo não nos deixa tempo nem pra pensar no outro? Ou será que tudo isso é uma conseqüência da lógica pós fordista de produção?
As cidades estão cada vez mais sem beleza. Num tempo em que se fala tanto em meio ambiente, paisagismo e seus derivados o que menos se vê nas cidades é paisagem. No Rio, TUDO está poluído pela publicidade. Achei o cúmulo ir ao banheiro de um cinema e, ao secar as mãos, ver um anúncio bem ali pregado na minha cara enquanto seco minhas mãos. Será que eles não colocam toalhas de papel para secar porque aquela maquininha gera mais dinheiro em publicidade para eles? Não há como escapar.
Ahhh... como é bom voltar aos auros tempos de intelecto! Já estava sentindo falta de sentir essa pequena agonizante depressão com o mundo e a realidade! Pensar o mundo, a vida, as pessoas, os detalhes, eu sinto muito prazer nisso! Sofrer calada! Já estava me sentindo uma idiota. Fui quase que chupada pela massa. Mas ainda bem... voltei a ativa! Adoro pensar, ver as pessoas e as coisas passando pela janela do ônibus. Adoro ficar parada fitando algo ou alguém e pensando. Adoro andar na massa e poder pensá-la ao mesmo tempo.
Ontem a noite assisti um filme que mexeu muito comigo. Quase chorei. Falava da morte, amor, interesse, dinheiro e traição (detalhe que na noite anterior havia sonhado com a morte da minha querida e amada vozinha Luci). A morte (Brad Pitt) tirou férias e foi visitar um ricaço dono de uma rede de comunicação nos USA. A morte se apaixonou pela sua filha e ela pelo corpo que a morte encarnou e que ela havia conhecido pela manhã na lanchonete. No fim a morte leva o grande rico e sensato homem e devolve o corpo do amor da vida da filha. É uma lição de amor e de como lidar com a morte.
O fato é que hoje não pensamos mais (com exceção de algumas pessoas como Jabor). Tudo já vem pronto. O homem virou o próprio escravo da tecnologia que desenvolveu. Eu me pergunto: se a tecnologia foi desenvolvida para resolver os problemas, facilitar a sua vida e, consequentemente lhe deixar com mais tempo para o ócio, por que cada vez mais nos tornamos servos dela? Por que, cada vez mais, ela nos deixa menos tempo para cumprir o nosso dever de vida (acredito que a vida é feita para ser intensa e humana)? Sinto falta de ver tv depois do almoço e dormir. De estudar de tarde. De ver o sol se por na minha varanda. De esperar meus pais chegarem do trabalho. De fazer um bolo caprichado de chocolate e ver novela com minhas amigas. De fofocar sobre as pessoas na rua. Tudo isso.
Por que somos cada vez mais egoístas? Cadê o senso de comunidade, de comum, de aceitação do outro, de partilha? Será que o tempo não nos deixa tempo nem pra pensar no outro? Ou será que tudo isso é uma conseqüência da lógica pós fordista de produção?
As cidades estão cada vez mais sem beleza. Num tempo em que se fala tanto em meio ambiente, paisagismo e seus derivados o que menos se vê nas cidades é paisagem. No Rio, TUDO está poluído pela publicidade. Achei o cúmulo ir ao banheiro de um cinema e, ao secar as mãos, ver um anúncio bem ali pregado na minha cara enquanto seco minhas mãos. Será que eles não colocam toalhas de papel para secar porque aquela maquininha gera mais dinheiro em publicidade para eles? Não há como escapar.
Bom, vou voltar ao trabalho!
Créditos de Imagem: http://www.guiadasemana.com.br/photos/book/t-esp-amoreprosa_r.jpg
Um comentário:
Oi Saminha :)
Pô eu dei esse livro de presente pra minha mãe... agora vou ter q ler tb :P
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