quarta-feira, dezembro 05, 2007

De vezes sempre

Um olhar tímido, um sorriso doce, um olhar brilhante.
O toque leve da mão, a chama.
Conversas, vento, ciúme.
Sede e fome de se ver, saudade.
O sabor da conquista, da incerteza, do inesperado.
O início de vezes sempre.
O meio: grosseria e mais do mesmo...

terça-feira, julho 10, 2007

Dinheiro, dinheiro, dinheiro!

Saúde! Dinheiro!
Sexo! Dinheiro.
Sociabilidade! Dinheiro.
Fome! Dinheiro.
Educação! Dinheiro.
Ecologia! Dinheiro.
Lixo! Dinheiro.
Paz! Dinheiro.
Guerra! Dinheiro.
Família! Dinheiro.
Casa, carro! Dinheiro.
Ar, água! Dinheiro.
Política! Dinheiro.
Governabilidade! Dinheiro.
Pan-RJ! Dinheiro.
Relacionamento! Dinheiro.
Emprego! Dinheiro.
Reconhecimento! Dinheiro.
Desemprego! ---.

segunda-feira, junho 18, 2007

Bobeou, dançou!

A nova moda dos assaltantes pivetes do centro do Rio de Janeiro agora é assaltar os passageiros do onibus pela janela. É houve um tempo em que todo mundo preferia sentar junto a janela.

Celular
Aqui no centro do Rio já está proibido falar ao celular na rua. É que neste distrito faroeste, o telefone móvel não tem utilidade. E quem teima em utilizá-lo corre o risco de ter a orelha arrancada pelos pivetes.

Cordão
No desespero, os moleques levam o que virem pela frente. Hoje, do ônibus, no meio da tarde, vi um pivete correndo em direção a uma jovem de origem humilde que estava no ponto aguardando uma condução. Ele puxou o cordão do seu pescoço e saiu correndo. Ninguém viu!

quinta-feira, abril 12, 2007

Um canto, um buraco


A noite tá linda e eu só preciso de um canto,
Uma poltrona, uma cadeira, um chão
Para chorar
Colocar para fora tudo o que sinto
Cair na real
Sair desse mundo atrodoado, lotado, atarefado.
Só preciso de um canto
Para pensar
Voar longe
Sentir dor pela humanidade
Como uma progenitora decepcionada
Sinto como se todos tivessem saído de mim
Só preciso de um canto
Sentir o encanto de viver, respirar
Poder olhar as estrelas, sentir o cheio da noite fria,
Ouvir a voz do silêncio.
Ver a vida em sua essência
Pensar que nada é para sempre
Que um dia tudo acaba
Meu pai,
Quanta falta sentirei
Um vazio, um buraco em mim
Só preciso de um canto,
Um lugar qualquer
Onde eu possa sentir a vida passar.
Créditos: Google Imagens.

Dor


Essa dor me corrói
Mexeu com o que eu mais amo
E eu me entrego aos poucos
Aos prantos, de repente, em um lugar
Acordo, está tudo bem
Levo o dia
E ela vem e me desanda
Quando eu abro os olhos para ele
Ela vem e me faz ver
O quanto ele é importante
O quanto vou sentir sua falta
Vou conseguir viver sem ele?
Ele é meu alicerce, minha base, meu espelho, meu orgulho
Me ensinou a falar, a andar, segurava minha bicicleta para eu não cair
Contou estórias de ninar
Brincou de pique, de carniça, de passaraio
Me deu conforto, carinho, colo, amor
Suou para me dar os brinquedos que eu queria
Me ensinou a viver
Me levou nos parques, na praia, na mata
Juntos fizemos inúmeras viagens
E, quando chegou a adolescência
Ele era meu amigo, meu confidente, meu motorista
Meu banco, meu conselheiro
Me ensinou a ter fé, esperança
Nada abalava ele
Nem a morte, nem o desemprego, nem a distancia, nem a fome
Lá estava ele sorrindo
Mesmo fudido, sempre ajudou
O padre, os pobres, os amigos, a família
Ô pai, você é minha vida! Estaremos pra sempre juntos!


Crédito: Imagens do Google Images.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Um poema


Noite fria ou quente... sei lá.
Vontade de surpresa
De música
De cerveja
De conversa
A madrugada cai
Fome
Como no de sempre
Casa
Cama
Casa, casa, casa
Cama, cama, cama
A noite passou
Outro dia
Nenhuma palavra
Ninguém foi feito pra ninguém.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Faroeste no Rio


Ontem fui ao Norte Shopping contemplar um dos maiores paraísos do capitalismo selvagem em que vivemos. Que exuberância! Com obras atrasadas e apenas duas lojas abertas na praça da alimentação, lá estavam os consumidores: fazendo poses e tirando fotos (que paisagem maravilhosa, né?!). Resolvi comer uma pizza! No restaurante da Parmê, muita fila e tivemos d ficar na varanda expremidos embaixo da marquise, pois estava chovendo (aliás, o que aconteceu com o verão?). Até ai, tudo bem! O pior foi quando a caixa falou que não aceitava meu cartão de crédito. Então resolvi voltar para o meu doce lar, com minha tv de 52'', e comer a pizza congelada que havia comprado no supermercado!

No caminho de volta, olhando as ruas desertas, me surgiu: é lógico que o movimento das ruas também se davam pelas lojas de rua. Mas, como tudo está centrado na maior e melhor invenção do capitalismo, as ruas (pelo menos as dos subúrbios) ficam assim, que nem faroeste, com direito a "bang-bang" e tudo! E o César Maia emprestando grana pro Sul!