segunda-feira, julho 24, 2006

Ultimamente tenho me feito uma pergunta: afinal, o que é o amor? Na verdade, é melhor argüir, o que é o amor nos dias de hoje? Ando pelas ruas e vejo muitas pessoas de mãos dadas, casamentos, divórcios, beijos, abraços, etc. A rua virou o palco para o amor. Mas, a maioria dos olhos que vejo, denotam solidão, angústia e a incessante busca por achar o amor verdadeiro.

O que o mundo contemporâneo está fazendo com a gente? Por que tantas pessoas com doenças psicológicas como a síndrome do pânico? Por que tanta gente morre de infarto? São os males do século da pressa e da subjetividade, da valorização do “eu” acima do nós.

E digo mais: o amor hoje é consumido! É um produto! E não era para ser assim! É a influência do capitalismo selvagem nos nossos sentimentos. Hoje as pessoas têm diversas outras, ficam com todo mundo, mas estão sempre sozinhas, vazias, incompletas. E se já tem alguém mais sério, desejam sempre outra pessoa, mais bonita, com um corpo melhor, um jeito melhor, com cabelos diferentes, mais ricas, que mora mais perto, etc. É a lógica do consumo: querer sempre algo melhor, com mais tecnologia, mais eficaz!

Mas, no meu modo de pensar, essas pessoas não amam! Pois, quando você ama, você aceita o outro, você se torna parte dele, é intrínseco! Nem o tempo, nem outro alguém, os separará! Mas esse sentimento está extinto na nossa atual sociedade!

2 comentários:

Ge Detogne disse...

"é intrínseco".. sem sobra de dúvidas, Sam. ;-)

Ge Detogne disse...

desculpa.. mas tenho que fazer outro comentário sobre o seu texto>> talvez isso seja um dos motivos: "O MUNDO É FABULOSO, SER HUMANO É QUE NÃO É LEGAL"... já dizia aquela música >>