domingo, fevereiro 07, 2010

Na contramão da tendência - Carta à longevidade de um relacionamento amoroso


Nesses 4 anos e 2 meses de namoro andei refletindo em alguns pontos e consegui extrair alguns eixos e pilares do relacionamento duradouro. Eu aprendi que amar não é só falar que ama e está tudo resolvido, amar não é fazer sexo quando se tem problemas, amar não é só estar ao lado, amar não é só andar de mãos dadas, amar não é só pagar a conta, amar não é só sair e se divertir... Enfim, amar é um conjunto de:

CONFIANÇA – É ela quem traz a PAZ. A paz é parte do amor. É a base do relacionamento. É o vendar dos olhos e o seguir em frente. É a condição para a liberdade. É poder contar. Para conquistar a confiança é preciso passar confiança, nos gestos, atitudes, falas e pensamentos por meio da transparência, ética, integridade e respeito. É sentir que você pode pisar que não vai cair, nem desmoronar.

RESPEITO – no comportamento, no jeito de falar e agir, respeito ao companheiro nos momentos com outras pessoas, esteja o parceiro presente ou ausente. Respeito à opinião do outro, respeito ao jeito do outro, afinal, ninguém é igual a ninguém. Respeito aos momentos de liberdade, de silêncio e de reflexão. É escolher o momento certo, é respeitar as escolhas do outro.

COMPANHEIRISMO – é estar lá, apesar da chuva, do calor, apesar das dificuldades, apesar do não querer, apesar do não gostar. É também não estar lá quando não se tem que estar. É estar junto ao outro nos bons e maus momentos, é apoiar, é confortar, é orientar, é amadurecer junto. É conviver com o diferente, o ruim, o bom e aceitar tudo isso, sem cara feita ou objeções. Ser companheiro nem sempre é estar em todos os lugares a todo o tempo, mas é estar lá de alma. É apoiar mesmo sabendo que vai sentir saudade.

RENUNCIA – é o amor de fato, é pensar por dois em tudo e a todo momento, esteja perto ou longe. Quando você se compromete com alguém, não é só em você e nas suas vontades que tem de pensar. Não é só para te satisfazer que você vive. É talvez a parte mais difícil para nós ocidentais, capitalistas, egocêntricos e individualistas. É o sentido do amar. A renúncia é superior da vontade e do desejo. É colocar o bem de dois acima do bem de si próprio. É uma nobre atitude e rara na sociedade e tempo em que vivemos.

DEVOÇÃO – é acreditar na causa, na missão, na visão e respeitar os valores, no futuro, nos planos, no amor, no relacionamento acima de tudo, todo o tempo e a qualquer momento. Aconteça o que acontecer e a todo o momento, é não desviar do foco, do objetivo, da causa. Porque sempre vai haver a casca de banana para fazer você cair e desistir de tudo, sempre vai haver a preguiça, uma pessoa mais bonita, uma pessoa mais interessante, etc. E covarde é quem pensa que é mais fácil e prático trocar de companheiro do que encarar o problema, transformando-o em uma oportunidade de crescimento e amadurecimento. Não se engane, afinal, todo mundo tem defeitos. Um tio dizia que a beleza física ilariante de uma pessoa esconde os montes de defeitos que ela tem. E ela é bonita para compensar isso. Enfim... devoção é focar, perseguir e não cair nas armadilhas. É não jogar a história toda pro ar no primeiro ou no último obstáculo, mas saber aproveitá-los tornando o problema, uma oportunidade de amadurecimento para o relacionamento.

DIÁLOGO – é conversar, conversar, conversar e conversar, com calma, cuidado, paciência, na hora certa, da forma certa, sem alterar o tom ou fazer briga de ego, do tipo “eu mando mais e você abaixa a cabeça”. É calar quando se tem de calar. É conversar para refletir, amadurecer e fortalecer o relacionamento.

CUMPLICIDADE – é a manter entre os dois o que diz respeito aos dois e não expor a vida a terceiros, com outros interesses.

VALORES – é definir bem os valores do relacionamento e não deixar que ninguém os quebre.